Campo Grande, Belém e Aracaju lideram altas; Manaus tem melhor rentabilidade para investidores.

O mercado de locação residencial brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2025 com alta acumulada de 5,66%, de acordo com levantamento nacional. O resultado, embora mais moderado em junho (+0,51%), supera com folga a inflação oficial do período, medida pelo IPCA, que foi de 2,99%.
Entre as 22 capitais monitoradas, 21 registraram aumento nos preços, com Campo Grande (MS) liderando o ranking (+12,69%), seguida de Belém (PA) (+8,94%) e Aracaju (SE) (+8,77%). Brasília foi a única capital com variação negativa, registrando queda de 2,08% no período.
Preço do m²: São Paulo Mantém Liderança Nacional
A cidade de São Paulo continua com o m² de aluguel mais caro do país, atingindo R$ 61,32/m², seguida de Belém (R$ 58,99/m²) e Recife (R$ 58,78/m²). O valor médio nacional em junho foi de R$ 49,23/m².
Por tipologia, imóveis de 1 dormitório continuam no topo, com R$ 66,48/m², enquanto unidades de 3 dormitórios apresentam os menores valores médios, com R$ 41,98/m².
Rentabilidade: Imóveis Menores Seguem Mais Atrativos ao Investidor
A rentabilidade média anual do aluguel residencial foi de 5,93%, levemente inferior a aplicações conservadoras como poupança ou títulos atrelados à Selic.
Os imóveis de 1 dormitório seguem como melhor opção para investidores, com retorno anual de 6,72%, enquanto unidades com quatro ou mais dormitórios registraram apenas 4,89%.
Por cidades, Manaus (AM) apresentou o maior retorno ao investidor (8,44%), seguida de Belém (8,34%). Na outra ponta, Vitória (ES) (4,13%) e Curitiba (PR) (4,55%) foram as menos atrativas.
Top 5 Capitais com Maiores Altas no 1º Semestre
- Campo Grande (MS): +12,69%
- Belém (PA): +8,94%
- Aracaju (SE): +8,77%
- Cuiabá (MT): +8,66%
- Belo Horizonte (MG): +8,59%
Perspectivas para o 2º Semestre
Mesmo com desaceleração no ritmo de crescimento mensal, o mercado de locação segue aquecido, impulsionado por fatores como migração urbana, investimentos em infraestrutura e turismo.
A valorização acima da inflação reforça o momento favorável para quem busca renda passiva via imóveis. Para os próximos meses, o desempenho dependerá de política de juros, dinâmica da renda das famílias e cenário macroeconômico.