Imóveis compactos são impulsionados por mudanças demográficas, modelo short stay e alto retorno para investidores.

O mercado imobiliário brasileiro vive uma fase de transformações, com os imóveis compactos assumindo protagonismo. Segundo o Índice FipeZap divulgado em maio de 2025, os apartamentos de um dormitório alcançaram o maior preço médio por metro quadrado, chegando a R$ 11,1 mil, superando até mesmo os imóveis de dois quartos, que estão cotados em R$ 8,3 mil/m². Nos últimos 12 meses, esses imóveis registraram uma valorização acumulada de 8,89%, a maior entre todas as categorias residenciais.
Esse crescimento está alinhado com mudanças demográficas indicadas pelo Censo 2022 do IBGE, que registrou uma redução no número médio de moradores por residência e uma queda na taxa de fecundidade, atualmente em 1,57 filho por mulher. Além disso, o segmento tem atraído cada vez mais investidores interessados no aluguel por temporada, especialmente em grandes centros urbanos e regiões turísticas.
Um exemplo desse movimento é o lançamento do Itaparica Living Suits, da Sipolatti.Inc., em Vila Velha (ES). Este é o segundo empreendimento da empresa focado no modelo short stay, localizado na Praia de Itaparica. O projeto oferece apartamentos integrados, modernos e funcionais, pensados para proporcionar praticidade e conforto em estadias temporárias. “Investimos neste nicho por enxergar um crescimento constante na demanda por moradias versáteis e bem localizadas”, afirma Flávio Gianordoli, diretor comercial da empresa.
Tecnologia australiana de drenagem sustentável combate alagamentos em cidades brasileiras
Enquanto o mercado imobiliário se adapta às novas necessidades, o urbanismo também avança com soluções sustentáveis. Uma técnica australiana chamada “swales” começa a ser implantada em cidades brasileiras para mitigar alagamentos causados por chuvas intensas, como as recentes no Espírito Santo.
O método consiste na escavação de valas alinhadas ao relevo do terreno, permitindo a infiltração gradual da água da chuva no solo, o que reduz significativamente o risco de enchentes. A cidade de Terezópolis (GO) é uma das pioneiras na aplicação dessa tecnologia. “Essas valas podem ser implementadas em diversos ambientes urbanos — desde praças e avenidas até quintais residenciais e loteamentos”, explica a arquiteta Luci Costa, do Grupo Tropical, responsável pela implementação do sistema em projetos locais.
Criado por Bill Mollison em 1981, o swales é uma referência internacional em drenagem sustentável e oferece às prefeituras e empresas do Espírito Santo uma solução eficaz e de baixo custo para enfrentar os desafios das chuvas intensas.