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Home»Em alta»As suposições sobre as causas da crise de recrutamento na construção civil estão erradas?
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As suposições sobre as causas da crise de recrutamento na construção civil estão erradas?

22/05/2025Nenhum comentário7 Mins Read
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Um relatório recente da Dodge Construction Network aponta para uma perspectiva preocupante: a segurança no trabalho não é meramente uma preocupação operacional na construção civil, mas sim um fator crucial que contribui significativamente para a dificuldade do setor em atrair novos talentos.

Imagem gerada usando IA

Essa constatação sugere que a reputação do setor em relação à segurança pode estar afastando potenciais candidatos, além de questões como salário e tipo de trabalho. O relatório implica que melhorar as condições de segurança e comunicar eficazmente esses avanços pode ser fundamental para resolver a crise de recrutamento.

Durante um webinar promovido pelo Instituto Nacional de Ciências da Construção, a Dra. Donna Laquidara-Carr, diretora de pesquisa de insights do setor na Dodge Construction Network, compartilhou os resultados de uma extensa pesquisa sobre a força de trabalho na construção civil.

O estudo envolveu entrevistas com mais de 1.000 indivíduos nos Estados Unidos, com idades entre 14 e 44 anos, abrangendo estudantes, pessoas em busca de emprego e profissionais considerando uma mudança de carreira, além de 260 empreiteiros comerciais.

Embora a pesquisa tenha confirmado algumas preocupações já conhecidas sobre a falta de trabalhadores e a dificuldade em mantê-los no setor, ela também evidenciou divergências significativas entre a visão que a indústria tem de si mesma e as expectativas daqueles que poderiam vir a integrar suas fileiras. Essa análise revelou um descompasso mais profundo entre as percepções do setor e o que os potenciais recrutas realmente buscam.

Acima de tudo: a segurança é o impedimento tácito

A principal razão apontada por trabalhadores jovens e em meio de carreira para evitar a construção civil é a segurança.

Ou, mais precisamente, a percepção de que o setor carece de segurança.

“Surpreendentemente, essa foi a principal preocupação”, afirmou Laquidara-Carr.

Quase metade dos entrevistados indicou preocupações com a segurança como o motivo primordial para não seguir uma carreira na construção, superando fatores como salário, trabalho físico ou até mesmo a falta de interesse.

A Dra. Laquidara-Carr ressalta que esse dado é “surpreendente” ao ser comparado com a visão interna do setor: os empreiteiros classificaram a segurança apenas como o oitavo fator mais provável a impedir a entrada de novos trabalhadores.

Essa discrepância, segundo Laquidara-Carr, revela uma falha na comunicação. Muitas empresas de construção investiram significativamente em cultura de segurança, metas de zero acidentes e práticas preventivas nos locais de trabalho. No entanto, a imagem predominante fora do setor ainda é influenciada por notícias negativas, como quedas de guindastes.

Em última análise, o público em geral considera a construção civil perigosa, enquanto aqueles que trabalham no setor testemunharam melhorias consideráveis a curto e longo prazo. Apesar disso, o setor continua sendo um dos mais perigosos do país: em 2023, a taxa de fatalidades foi de 9,6 por 100.000 trabalhadores em tempo integral, bem superior à média do setor privado, de 3,5 por 100.000 trabalhadores.

Laquidara-Carr sugere que a solução reside em aprimorar a comunicação com o público: “Não estamos sendo eficazes em contar nossa história. As pessoas estão formando suas opiniões com base na cobertura da mídia, e não no que acontece dentro do setor.”

“Onde eles estão se informando sobre o que acontece no setor? No que diz respeito à segurança, eles aprendem pelas notícias: um guindaste caiu e matou duas pessoas.”

“É isso que eles ouvem. É aqui que eles são expostos ao que significa trabalhar na construção civil.”

Em relação aos profissionais que já atuam na construção civil, Peter Mon, gerente assistente de projetos da Skanska que iniciou sua trajetória no setor em 2018, compartilha a opinião de que a cultura e as oportunidades de desenvolvimento profissional influenciam a percepção dos jovens sobre a área.

Em entrevista ao Construction Briefing, ele afirmou: “O primeiro passo crucial para atrair jovens talentos é simplesmente interagir com eles e esclarecer como realmente é uma carreira na construção civil.”

Mon também destacou o papel da visibilidade do impacto do trabalho em manter os jovens engenheiros engajados: “Existe um enorme sentimento de orgulho ao observar o resultado final e reconhecer que o seu trabalho contribuiu para aquele desenvolvimento.”

Cultura e flexibilidade: oportunidades perdidas

Trabalhadores da construção civil caminham em direção a um canteiro de obras.
Imagem: Adobe Stock

Apesar de a remuneração e as oportunidades de crescimento profissional terem recebido avaliações positivas, os participantes da pesquisa demonstraram atribuir igual ou maior relevância a um ambiente de trabalho acolhedor. Horários flexíveis e uma cultura positiva foram considerados cruciais por estudantes e candidatos a emprego, enquanto a maioria dos empreiteiros classificou esses aspectos entre os menos importantes.

Um quarto dos empreiteiros entrevistados relatou ter enfrentado atrasos em projetos devido à alta rotatividade de funcionários. Curiosamente, entre as empresas que investiram em programas de treinamento e mentoria, a ocorrência de atrasos foi significativamente menor. Contudo, muitas pequenas empresas ainda se mostram relutantes em oferecer treinamento que vá além das necessidades imediatas do trabalho, temendo perder seus trabalhadores qualificados para a concorrência.

“Os trabalhadores desejam permanecer em locais onde percebem que há investimento neles“, salientou Laquidara-Carr.

Contudo, cultura vai além da mentoria.

Ambientes de trabalho tóxicos ou discriminatórios figuraram entre os principais problemas inesperados relatados pelos próprios empreiteiros. “A segunda maior resposta à nossa pergunta aberta (o que te surpreendeu no setor?) foi: cultura tóxica ou discriminatória.”

Para construir uma força de trabalho resiliente, argumentou a Dra. Laquidara-Carr, o setor da construção civil precisa reconsiderar sua abordagem em relação à comunicação e à prática da inclusão.

“A mentoria é realmente importante, mas não apenas para aqueles já identificados como futuros líderes. As pessoas querem estar em organizações onde consigam compreender e visualizar seu próprio crescimento“, explicou a Dra. Laquidara-Carr.

Ela acrescentou que a inclusão também depende de quem consegue enxergar um futuro promissor dentro do setor. Estudos anteriores revelaram que apenas 25% a 30% das empresas ofereciam desenvolvimento de liderança além de um grupo seleto de profissionais. Para que a construção civil se torne uma carreira de escolha, é crucial demonstrar trajetórias de crescimento para um grupo diversificado de trabalhadores, e não apenas para aqueles que ‘parecem se encaixar no perfil’, concluiu.

Gancho tecnológico: não é o ímã para os jovens que alguns pensam que é

Peter Mon, Skanska

Em resposta ao Construction Briefing sobre o potencial da tecnologia para atrair trabalhadores mais jovens, Laquidara-Carr expressou cautela.

“A maioria dos empreiteiros não considera essa uma ferramenta de recrutamento eficaz”, afirmou.

Essa observação representa uma reflexão interessante e, talvez, contraditória ao sentimento geral entre empreiteiros e fabricantes de equipamentos de construção, que frequentemente acreditam que a tecnologia moderna poderia, de alguma forma, atrair jovens para o setor.

Isso vai de encontro a uma suposição comum — especialmente entre contratantes e fabricantes de equipamentos — de que ferramentas modernas e automação naturalmente atrairão a próxima geração.

Laquidara-Carr observou que os funcionários já atuantes, em todas as faixas etárias, são muito mais propensos a se sentir motivados e a permanecer no setor devido às novas tecnologias do que a serem recrutados por elas.

“[A tecnologia na construção] pode ser uma estratégia de retenção muito importante”, disse ela.

Mon, da Skanska, compartilha dessa perspectiva. Ele acrescentou que demonstrar como a construção adota métodos modernos pode ajudar a desmistificar estereótipos.

“Ainda somos muito motivados pela construção em si, mas a tecnologia apenas aprimora isso. Ela nos permite trabalhar com mais segurança e eficiência, que é o que os engenheiros desejam fazer”, explicou Mon.

A Dra. Laquidara-Carr também questionou o estereótipo de que a construção civil é resistente à tecnologia. Na realidade, as empreiteiras estão adotando ferramentas avançadas em diversas áreas.

Trabalhadores cuidando de um projeto de construção ferroviária.
Imagem: Adobe Stock

Contudo, investimentos irregulares e uma comunicação pública limitada fazem com que esses avanços tecnológicos permaneçam praticamente desconhecidos para aqueles que poderiam ingressar no setor.

A Dra. Laquidara-Carr apontou uma exceção ao uso da tecnologia como ferramenta de recrutamento: a construção modular e/ou industrializada. Esses métodos inovadores não apenas proporcionam um ambiente de trabalho mais controlado, mas também facilitam o envolvimento de equipes mais jovens com fluxos de trabalho mais seguros e cronogramas mais previsíveis.

Embora essa abordagem não resolva a escassez de mão de obra de forma imediata, Laquidara-Carr a considera um indício do tipo de ambiente de trabalho que a próxima geração de profissionais realmente busca: mais seguro, tecnologicamente avançado, estruturado e inclusivo.

Construção Desenvolvimento Empregos Global Inovação Negócios Projetos Trabalho
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