A discussão sobre eficiência e sustentabilidade ganhou força na construção civil nos últimos anos. No entanto, como destacou recentemente uma entrevista publicada pela Revista Grandes Construções, esses conceitos nem sempre caminham juntos — e essa diferença tem impactos diretos nas escolhas de sistemas construtivos, materiais e processos.
Neste artigo, trazemos uma curadoria analisada da entrevista original, traduzindo seus pontos principais para o universo da construção a seco, do Light Steel Frame (LSF) e da industrialização de obras, que cresce aceleradamente no Brasil.
1. Eficiência não garante sustentabilidade — e vice-versa
A entrevista reforça um ponto crucial: um método construtivo pode ser eficiente, rápido e econômico, mas ainda assim pouco sustentável quando analisado em seu ciclo de vida completo.
Esse é um erro comum no setor: confundir “produzir mais rápido” com “produzir com menor impacto”.
No LSF, essa diferença se torna clara:
- Ele é extremamente eficiente na execução (rapidez, precisão, redução de retrabalhos).
- Mas sua pegada ambiental positiva vem da combinação de outros fatores: menor consumo de água, industrialização, rastreabilidade e redução extrema de resíduos.
Ou seja: o benefício ambiental do LSF não é consequência automática da eficiência — mas sim da sua lógica industrializada.
2. A escolha do sistema construtivo importa mais que a tecnologia isolada
Segundo o especialista entrevistado na matéria original, a sustentabilidade não está apenas na “marca” do material, na certificação ou no equipamento usado, mas na lógica completa do sistema.
Esse raciocínio encaixa perfeitamente no Light Steel Frame:
– Sistemas industrializados reduzem desperdício
A construção úmida tradicional gera perdas de 10% a 30% de materiais.
O LSF opera na casa dos 0,5% a 3%, devido ao corte sob medida.
– A precisão estrutural reduz cargas, insumos e retrabalhos
Estruturas metálicas calculadas com exatidão evitam reforços futuros e ampliam a vida útil.
– A modularidade diminui o impacto no terreno
Obras mais limpas, organizadas e rápidas significam menos movimentação de solo, barulho e poeira.
Esses pontos reforçam o que foi dito na entrevista: sustentabilidade é sistêmica, não acidental.
3. Métodos híbridos são o futuro — e o LSF já faz parte desse movimento
Outro ponto forte da matéria é o avanço dos sistemas híbridos:
- aço + madeira engenheirada
- aço + concreto de alta performance
- estruturas metálicas + fechamentos industrializados
- combinações entre perfis leves, aço estrutural e pré-fabricados
O LSF se encaixa perfeitamente nessa tendência, pois:
- Integra bem com steel deck, concreto leve, EIFS, OSB, cimentícias, gesso acartonado, painéis termoacústicos etc.
- Permite ampliar vão, rigidez e desempenho térmico com combinações tecnológicas.
- Facilita retrofit, ampliações e soluções mistas em edificações novas e existentes.
A entrevista destaca que a sustentabilidade está justamente em usar o material certo, no lugar certo, e o LSF é um dos sistemas mais flexíveis nesse sentido.
4. Certificações verdes não garantem sustentabilidade real
A matéria ressalta que muitas obras buscam selos e certificações como LEED e AQUA, mas isso não significa que a construção seja realmente sustentável.
Há casos em que a obra é pouco eficiente, mas ganha certificação por cumprir exigências pontuais.
No LSF, essa distorção ocorre menos, porque:
- o sistema já nasce com baixa emissão de CO₂;
- a obra exige menos transporte e menos energia;
- há rastreabilidade da cadeia produtiva do aço;
- a estrutura é integralmente reciclável.
Ou seja, quando o LSF recebe certificações verdes, normalmente é porque o processo já é sustentável na prática — não apenas no papel.
5. Como a Conecta Steel vê esse cenário
A matéria da Revista Grandes Construções reforça algo que defendemos diariamente:
a verdadeira sustentabilidade está na estratégia de construção, não apenas nos materiais individuais.
Por isso, ao trabalhar com LSF, promovemos:
- projetos industrializados, que reduzem resíduos e retrabalhos;
- tecnologias híbridas, aliando aço, cimentícias, isolamento avançado, drywall e sistemas de alto desempenho;
- controle rigidíssimo de materiais, evitando perdas e aumentando precisão;
- capacitação técnica, para que os profissionais implementem o sistema com segurança e qualidade;
- cadeia de fornecedores confiável, com produtos certificados e rastreáveis.
Esse ecossistema torna o LSF um dos métodos mais eficientes, sustentáveis e economicamente viáveis do mercado brasileiro.
Conclusão: eficiência é o caminho — sustentabilidade é o destino
A entrevista da Grandes Construções acerta em cheio ao separar eficiência e sustentabilidade.
E quando olhamos para a construção a seco, percebemos algo ainda mais importante:
O LSF é um dos poucos sistemas que consegue unir eficiência operacional e sustentabilidade real, sem comprometer velocidade, desempenho ou qualidade.
No fim, construir de forma sustentável não é apenas reduzir impacto ambiental — é entregar mais qualidade, durabilidade, economia e segurança.
Esse é o futuro da construção, e o LSF já faz parte dele.
