O número de vagas de emprego na construção civil caiu para 188 mil em agosto, segundo análise da Associated Builders and Contractors (ABC) baseada em dados do Bureau of Labor Statistics (BLS). Esse é o menor patamar registrado em quase uma década.

O número representa uma queda de 115 mil postos em relação a julho e de 116 mil em comparação ao mesmo período de 2024, marcando o menor nível em quase uma década.
A análise se apoia na Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTS), que contabiliza todas as vagas não preenchidas para as quais empregadores estejam recrutando ativamente. Os resultados apontam uma forte desaceleração nas contratações, refletindo os recentes declínios nos gastos com construção e no emprego setorial.
O economista-chefe da ABC, Anirban Basu, destacou que, embora os números da JOLTS sejam voláteis mês a mês, o movimento acompanha outros indicadores de retração.
“O declínio acentuado nas vagas de emprego se alinha com outros indicadores, como gastos com construção e emprego, ambos os quais caíram nos últimos meses”, afirmou.
Apesar do recuo, Basu ressaltou que o sentimento dos contratantes permanece relativamente otimista para o curto prazo, conforme mostra o Índice de Confiança da Construção da ABC.
“As empreiteiras continuam relativamente otimistas em relação aos próximos seis meses. No entanto, dados recentes deixaram bem claro que o setor da construção está em retração”, completou.
O enfraquecimento nas oportunidades ocorre mesmo em um mercado de trabalho historicamente apertado, sinalizando que empresas do setor estão adotando cautela diante da incerteza econômica mais ampla, o que resultou em um quadro de avaliação morna.

