Um recente relatório sobre o uso de tecnologia no setor da construção nos Estados Unidos revelou que, apesar do aumento significativo nos investimentos em Inteligência Artificial (IA), segurança cibernética e plataformas em nuvem, muitas empresas ainda estão no estágio inicial da sua transformação digital.

Segundo levantamento da Wipfli, sediada nos EUA, 82% das empresas de construção afirmam ter uma estratégia de Inteligência Artificial (IA). No entanto, a maioria ainda utiliza a IA de forma básica, limitada a aplicações pontuais, sem integrar essa tecnologia à tomada de decisões estratégicas.
No campo da segurança cibernética, 73% das empresas planejam aumentar os investimentos no próximo ano, mas o desafio é grande: 80% delas sofreram alguma violação de dados nos últimos 12 meses, revelando vulnerabilidades críticas.
A maturidade tecnológica também varia conforme o porte das empresas. As maiores, com receita anual superior a US$ 250 milhões, lideram em análises avançadas e segurança digital, mas mesmo entre elas, 12% ainda dependem predominantemente de relatórios manuais. Entre essas grandes empresas, 47% já usam insights em tempo real para decisões automatizadas, contra apenas 17% das empresas menores, com receita inferior a US$ 50 milhões.
O relatório destaca ainda que 43% das empresas alcançaram integração total com tecnologias avançadas, enquanto um terço já utiliza tomada de decisão automatizada em tempo real.
“A maturidade tecnológica na construção ainda está em sua adolescência”, afirma Brad Werner, sócio e líder do setor de construção e imobiliário da Wipfli. “A integração não é opcional, é o desbloqueio para velocidade e valor.”
Este cenário reforça a necessidade urgente de acelerar a transformação digital no setor da construção para garantir competitividade e segurança no mercado.