Quase metade das áreas metropolitanas dos Estados Unidos registrou queda no emprego na construção civil no período de julho de 2024 a julho de 2025, segundo análise da Associated General Contractors of America (AGC) a partir dos dados mais recentes do Bureau of Labor Statistics (BLS). O levantamento mostra um cenário de estagnação no final do verão americano, com crescimento limitado em algumas regiões e retração em outras.

Imagem: Adobe Stock
“O emprego na construção civil estagnou ou recuou em muitas áreas por vários motivos”, afirmou Ken Simonson, economista-chefe da AGC. “Contratantes relatam que contratariam mais pessoas se pudessem encontrar trabalhadores mais qualificados e dispostos, e se uma fiscalização mais rigorosa da imigração não estivesse interrompendo o fornecimento de mão de obra.”
Ganhos concentrados em grandes áreas metropolitanas
- Arlington–Alexandria–Reston (Virgínia e Virgínia Ocidental) liderou os ganhos pelo quinto mês consecutivo, com 7.900 novos empregos (+9%).
- Os maiores avanços percentuais, de 11%, ocorreram em:
- Las Cruces (Novo México): +500 empregos
- Canton–Massillon (Ohio): +1.100 empregos
- Pocatello (Idaho): +300 empregos
- Battle Creek (Michigan) também registrou forte crescimento, com alta de 10%.
Quedas expressivas em estados costeiros
- Riverside–San Bernardino–Ontário (Califórnia) registrou a maior perda absoluta, com -7.200 empregos (-6%).
- Niles (Michigan) teve a maior queda percentual, de -9% (-200 empregos).
Panorama estadual
- Entre os destaques positivos: Texas (+4%), Ohio (+5%), Carolina do Norte (+4%) e Virgínia (+6%).
- As maiores quedas ocorreram em estados costeiros: Califórnia (-2%), Washington (-4%), Nova Jersey (-4%), Nova York (-2%), Nevada (-3%) e Louisiana (-3%).
Conclusão
O levantamento da AGC reforça que, embora a construção civil siga como um setor estratégico para o emprego nos EUA, a escassez de mão de obra qualificada e os entraves regulatórios continuam sendo barreiras para uma recuperação mais uniforme e sustentável.