O Estudo InObra, realizado pela Juntos Somos Mais, indica que 3 em cada 4 brasileiros têm intenção de promover mudanças no lar.

Em 2024 e 2025, o mercado imobiliário brasileiro enfrenta um cenário desafiador, marcado pela alta da Selic, reforma tributária e ajuste fiscal.
Esse contexto econômico complexo exige cautela e estratégia de investidores e compradores. Apesar dos desafios, o setor — um dos pilares da economia nacional — mantém otimismo, especialmente ao focar no público que planeja reformas.
Um levantamento da Juntos Somos Mais reforça essa tendência: cerca de 75% dos brasileiros pretendem realizar obras residenciais ou comerciais nos próximos 24 meses.
A joint venture formada por Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, especializada na digitalização da construção civil, realizou a pesquisa InObra para gerar dados estratégicos ao mercado de materiais de construção (Matcon).
O estudo ouviu mais de 1.000 pessoas, homens e mulheres com 25 anos ou mais, de todas as regiões e classes sociais, responsáveis ou corresponsáveis pelas decisões no lar. O objetivo foi monitorar o pulso do mercado de reformas e construções no curto e médio prazo.
Os dados revelam uma alta propensão a reformas:
- 53% pretendem executar alguma obra nos próximos 24 meses, mesmo sem planejamento detalhado;
- 21% já buscam orçamentos de materiais e/ou profissionais, representando demanda mais imediata;
- 9% já têm obras em andamento, sinalizando movimentação concreta no setor.
Entre os que planejam obras, 38% querem começar em até 6 meses, e 37% em até 1 ano. Isso significa que três em cada quatro consumidores têm projetos para o curto e médio prazo.
Em termos de faixa etária, o grupo 50+ (42,1%) demonstra maior urgência para iniciar em até 6 meses, enquanto os de 25 a 29 anos (43,7%) preferem prazo de até 1 ano.
Regionalmente, o Sul (75%) e o Centro-Oeste (71%) têm maior proporção de pessoas com intenção de reformar, mas sem planejamento definido. Já Norte (31%) e Nordeste (28%) lideram a busca por orçamentos, e também aparecem à frente em obras em andamento (15% e 11%, respectivamente).
“Enquanto Sul e Centro-Oeste apresentam intenção mais latente, Norte e Nordeste já possuem projetos mais avançados ou em execução”, comenta Juliana Carsoni, CEO da Juntos Somos Mais.
Materiais mais procurados segundo o estudo:
- Tintas (72%) — forte demanda por acabamentos e renovação estética;
- Cimento (57%) e Argamassa (54%) — essenciais para estrutura e assentamento;
- Cerâmicas (48%) — melhorias em pisos e revestimentos;
- Areia (45%) e ferramentas para pintura (40%) — reforçando a diversidade de necessidades nas obras.
“Os dados apontam para um cenário promissor no setor de construção e reforma. A alta intenção de obras, a concentração de projetos no curto prazo e a diversidade de materiais procurados indicam um mercado aquecido e com grande potencial de consumo”, afirma Juliana.
A executiva ressalta que a vertente data-driven da companhia é essencial para empresas do setor, pois fornece informações estratégicas para vendas, marketing e desenvolvimento de produtos, alinhando-se às necessidades e expectativas dos consumidores.