O mercado global de madeira engenheirada — também conhecida como mass timber — está projetado para dobrar de tamanho, passando dos atuais US$ 1,7 bilhão para US$ 3,6 bilhões até o ano de 2027.

Esse crescimento acelerado é impulsionado pela combinação de escassez de mão de obra, exigências ambientais mais rígidas e a busca por sistemas construtivos mais rápidos e sustentáveis.
Em particular, a madeira engenheirada vem sendo adotada em edifícios de maior porte em países como Canadá, Noruega e Áustria — locais onde já existem projetos de até 40 andares construídos com essa tecnologia.
No Brasil, o Sul do país começa a se destacar. Em Santa Catarina, por exemplo, o projeto “Madê”, assinado pelo Studio mk27, da construtora Blue Heaven, aposta na madeira laminada colada (MLC) para criar vãos amplos, estruturas leves e integrar o edifício à paisagem natural — representando um passo concreto rumo à adoção da madeira engenheirada no mercado nacional.
Principais motivos para o avanço da madeira engenheirada
- Sustentabilidade: cada metro cúbico de madeira utilizado em substituição a materiais convencionais pode evitar até uma tonelada de CO₂ na atmosfera.
- Rapidez construtiva: peças pré-fabricadas chegam prontas ao canteiro, acelerando o cronograma e reduzindo resíduos.
- Leveza e flexibilidade: a madeira engenheirada é até 30% mais leve que o concreto, o que reduz a demanda por fundações mais robustas e permite projetos com maior liberdade arquitetônica.
Reflexão final
Com o mercado global crescendo rapidamente, a madeira engenheirada se apresenta como uma solução importante para os desafios contemporâneos da construção civil — combinando sustentabilidade, velocidade e inovação. Para o Brasil, especialmente na região Sul, a tendência está se materializando em projetos de alto nível que indicam um novo patamar construtivo.