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Home»Em alta»Por dentro da construção do arranha-céu de US$ 600 milhões em Miami
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Por dentro da construção do arranha-céu de US$ 600 milhões em Miami

23/05/2025Nenhum comentário7 Mins Read
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Crescendo constantemente no coração do centro de Miami, Flórida, EUA, o bairro Brickell é o Cipriani Residences: uma torre de luxo de 80 andares e 287 m (940 pés) tomando forma em South Beach.

Renderização do edifício Cipriani Residences Miami, na Flórida, EUA.
Imagem cortesia da Cipriani Residences Miami

O Conecta Steel teve acesso aos bastidores de um dos empreendimentos mais ambiciosos do sul da Flórida: a nova torre Cipriani, um arranha-céu de US$ 600 milhões. A reportagem conversou com dois dos principais envolvidos no projeto para entender os desafios e avanços da construção.

Quando finalizada, a Cipriani estará entre os edifícios mais altos do estado. Só não será a maior por conta da torre do Waldorf Astoria Hotel & Residences, que também deve ser concluída no mesmo ano e foi projetada para ultrapassar os 320 metros de altura.

O projeto já atraiu nomes de peso. Entre os futuros moradores está o astro do futebol Lionel Messi, que teria adquirido quatro unidades na torre.

A iniciativa é liderada pela Mast Capital, empresa de investimentos e desenvolvimento imobiliário com sede em Miami. A construção está a cargo da Moss & Associates, empreiteira nacional também baseada na Flórida. Já os serviços de concreto estrutural são fornecidos pela Tekton Construction, outra empresa de Miami.

Embora a Moss não tenha participado diretamente desta atualização, a empresa já tinha ciência sobre a complexa concretagem da fundação da torre — um processo que durou 16 horas e exigiu um planejamento logístico minucioso.

Nesta nova reportagem, Carlos Casal, vice-presidente executivo da Mast Capital, e Gabe Hernandez, proprietário da Tekton, compartilharam detalhes atualizados sobre os métodos construtivos, a coordenação estrutural e os desafios logísticos de erguer um arranha-céu dessa magnitude em uma área urbana densamente povoada.

Cronograma da Torre Cipriani, mudanças na construção em altura

A construção do Cipriani Residences Miami está em andamento nos EUA.
Imagem: Mast Capital

“Neste momento, a torre está realmente tomando forma”, afirmou Carlos Casal, vice-presidente executivo da Mast Capital, em meados de maio. “Estamos atualmente no 18º andar, e já é possível ver o projeto ganhando vida.”

Um dos diferenciais da construção tem sido a adoção de um sistema de fôrma deslizante hidráulica para a execução do núcleo da torre. Em vez dos métodos convencionais, a equipe optou por uma plataforma autotrepante que permite a elevação independente do núcleo estrutural.

“O guindaste não interfere nesse processo”, explicou Gabe Hernandez, proprietário da Tekton Construction. “Não é necessário movimentar as fôrmas manualmente entre os andares. O sistema hidráulico cria uma plataforma estável para armazenar equipamentos e se move com precisão, reduzindo significativamente o retrabalho.”

A Tekton utiliza uma combinação de fôrmas próprias e alugadas. Os sistemas verticais são fornecidos pela Doka, empresa austríaca especializada, incluindo o modelo Super Climber SCP. Também são utilizados os painéis Framax da Doka, suspensos por uma estrutura metálica durante a execução das paredes.

Um representante do projeto destacou:

“O diferencial do sistema SCP é que toda a fôrma central é elevada hidraulicamente, sem depender do guindaste. Com um simples comando, todas as plataformas — internas e externas — sobem simultaneamente, permitindo a concretagem contínua das paredes de cisalhamento, vários níveis à frente das lajes.”

Com o avanço da obra, a equipe já se prepara para desafios estruturais mais complexos entre os andares 35 e 39.

“Esses pavimentos exigem treliças de cintas integradas ao concreto, o que demanda um reforço significativo”, explicou Hernandez. “Por isso, estamos elevando o núcleo central de forma contínua, sem a necessidade de desmontagem e remontagem do sistema.”

A coordenação estrutural entre empreiteiros, engenheiros e fabricantes tem sido essencial para o sucesso do projeto, especialmente no alinhamento preciso de componentes de aço em sistemas verticais.

“Um bom exemplo são os pinos Nelson instalados no nono andar, que precisam estar perfeitamente alinhados com os do 35º andar para que possamos posicionar corretamente o aço de reforço entre eles”, explicou Gabe Hernandez, da Tekton. “Essa coordenação já está em andamento há seis ou sete meses.”

O 37º andar marcará um ponto de transição importante na construção. Ele abrigará um nível mecânico intersticial e uma sofisticada taverna estilo speakeasy, exigindo uma laje de piso redesenhada e a integração de diversos sistemas MEP (mecânicos, elétricos e hidráulicos) para atender às necessidades dos andares superiores.

“Até o 35º andar, os pavimentos seguem um padrão repetitivo — os elevadores hidráulicos, os sistemas mecânicos, tudo se acumula de forma previsível”, comentou Carlos Casal. “Mas, ao chegar ao 37º, tudo muda. É o momento em que as equipes precisam parar, reavaliar e se reestruturar para os novos desafios.”

Trabalhadores no local da construção da torre Cipriani em Miami. Imagem: Mast Capital

À medida que os andares superiores vão sendo erguidos, a complexidade estrutural do projeto diminui, mas os desafios logísticos aumentam com a chegada das instalações comerciais e residenciais.

“Depois de superarmos esses níveis mais complexos, minha estratégia seria avançar o mais rápido possível, sempre mantendo os padrões de segurança e qualidade até o topo”, afirmou Gabe Hernandez.

Um marco importante foi alcançado com a conclusão dos níveis sete e oito, que concentram as áreas de lazer do empreendimento. Esses pavimentos incluem diversas piscinas e spas, exigindo uma coordenação intensa entre a construtora geral, subempreiteiras e a equipe de projeto. Um dos destaques foi a instalação de enormes placas de aço estrutural — cada uma com mais de 8.300 kg — atravessando as paredes de cisalhamento nesses andares.

Com o oitavo nível finalizado, o sistema de fôrmas deslizantes autotrepantes passou a ser utilizado na construção das paredes de cisalhamento, permitindo ciclos de concretagem mais rápidos entre os andares. O nono pavimento marcou o início dos andares residenciais típicos e também o surgimento das varandas curvas que se tornaram uma das marcas visuais da torre.

Até o momento, cerca de 26.000 jardas cúbicas de concreto já foram lançadas, sendo aproximadamente 500 jardas cúbicas apenas no oitavo andar. A obra também já consumiu cerca de 7.500 toneladas de aço de reforço, transportadas por quase 2.600 caminhões.

Ambiente urbano apertado não é problema para construção de Cipriani

Construção da torre Capriani
Imagem: Mast Capital

Do ponto de vista logístico, a equipe do projeto reconhece que o local oferece condições excepcionalmente favoráveis para uma construção em pleno centro urbano. Graças a um terreno adjacente — pertencente a um dos parceiros da Mast Capital — foi possível otimizar o armazenamento de materiais e a preparação das etapas construtivas.

“Conseguimos alugar o lote ao lado”, explicou Carlos Casal. “Logisticamente, é provavelmente o melhor projeto em que estou envolvido no momento. Contamos com uma excelente estrutura de apoio, estamos pré-fabricando nossa estrutura de aço vertical no próprio local e conseguimos manter um avanço de dois a três andares à frente.”

Casal também destacou que a fabricação local do aço oferece uma vantagem estratégica importante: a mitigação de riscos relacionados a atrasos no fornecimento. “Em outros projetos, se o aço não chega, a obra para. Aqui, conseguimos manter o ritmo.”

O próximo projeto da torre Capriani em Miami

Equipes trabalham no projeto da torre Cipriani, na Flórida, EUA.
Imagem: Mast Capital

À medida que a torre se aproxima de sua altura final, o foco da construção começa a mudar. Carlos Casal destacou a importância dessa nova fase:

“Colocar os elevadores em funcionamento é essencial, mas também há uma dúzia de equipes de interiores que precisam acessar o edifício — e esse processo está apenas começando agora.”

A expectativa é que a estrutura atinja o 37º andar até setembro. Paralelamente à execução da cobertura estrutural, os trabalhos de interiores serão intensificados. As empreiteiras iniciarão a instalação dos acabamentos de alto padrão, a integração dos sistemas MEP (mecânicos, elétricos e hidráulicos) e os elementos finais da fachada.

Embora a instalação dos elevadores seja crucial para o acesso vertical, a transição do trabalho externo para o interno exigirá a mobilização de dezenas de subcontratadas. A Tekton continuará envolvida durante a fase de reforma estrutural, enquanto equipes especializadas em drywall, HVAC, encanamento, elétrica e envidraçamento já estão contratadas ou em fase de mobilização.

A Moss, empreiteira geral do projeto, está coordenando essa transição em estreita colaboração com a equipe interna de construção da Mast Capital.

Segundo as previsões atuais da construtora, a entrega do Cipriani Residences Miami está prevista para 2028.

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